Quase metade (47%) da geração Z no Brasil estaria disposta a aceitar limitações econômicas de curto prazo, como menor crescimento real do PIB, para permitir que os formuladores de políticas públicas invistam em uma estratégia de longo prazo que promova um crescimento mais sustentável, de acordo com uma pesquisa encomendada pela Dell Technologies.
A pesquisa foi realizada
globalmente em 15 países, incluindo o Brasil, com o objetivo de ouvir os
adultos da Geração Z (de 18 a 26 anos) sobre quais devem ser as estratégias de
recuperação social e econômica. A maioria (72%) dos entrevistados acreditam que
a tecnologia desempenhará um papel importante na luta contra a crise climática.
Com muitos brasileiros da Geração Z dispostos a suportar limitações econômicas de curto prazo, eles classificaram os temas de economia circular (50%), energia sustentável (47%) e transporte público mais sustentável (40%) como as três principais áreas para os governos priorizarem. Aproximadamente 1/3 dos entrevistados (33%) também expressaram apoio a uma maior educação em sustentabilidade para os cidadãos.
Investimentos trariam recuperação
do setor público?
No entanto, a confiança dos
brasileiros da Geração Z de que os investimentos de recuperação do setor
público trariam uma economia próspera em 10 anos está dividida: metade (49%)
tem baixa ou nenhuma confiança, enquanto 29% estão indecisos e 22% têm
confiança alta ou total.
Compreensivelmente, existem diferenças
geográficas. Enquanto o Brasil (49%) e o Japão (47%) tiveram o maior número de
entrevistados com baixa ou nenhuma confiança, o mesmo não se reflete em países
como Cingapura (56%) e Coréia do Sul (41%), tendo a maioria dos entrevistados
com confiança alta ou total.
“A Geração Z será
indiscutivelmente a mais afetada pelas decisões de investimento público e
privado tomadas hoje e facilitará e manterá uma recuperação sustentável de
longo prazo”, afirma Bruno Assaf, diretor para Setor Público da Dell Technologies
no Brasil. “Há uma oportunidade de obter o apoio da Geração Z para estratégias
de longo prazo que colocam a sustentabilidade no centro das estratégias de
crescimento econômico, e o uso da tecnologia será essencial para tornar as
cidades mais inteligentes e sustentáveis.”
Fechando a lacuna de habilidades
digitais e exclusão digital
A Geração Z reconhece o valor de
desenvolver as habilidades digitais necessárias para suas futuras carreiras.
Nove a cada dez (88%) consideram o aprendizado de novas habilidades digitais
essenciais para aumentar as opções futuras de carreira ou planejam adquiri-las.
Os entrevistados acham que sua
educação poderia tê-los preparado melhor com habilidades digitais. Quase metade
(47%) disse que a escola lhes ensinou apenas habilidades básicas de computação
e cerca de dois em cada dez (22%) não receberam nenhuma educação em tecnologia
ou habilidades digitais. Mais da metade (60%) afirma que a escola (nível abaixo
de 16 anos) não os preparou com as habilidades tecnológicas necessárias para a
carreira planejada.
Para ajudar a preencher a lacuna
de habilidades digitais, pouco mais de um terço (38%) dos entrevistados sugeriu
tornar os cursos de tecnologia em todos os níveis de ensino mais interessantes
e amplamente disponíveis. Um terço (32%) acredita que os cursos obrigatórios de
tecnologia até 16 anos incentivarão os jovens a seguir carreiras voltadas para
a tecnologia.
“Está claro que a Geração Z vê a tecnologia como fundamental para sua prosperidade futura. Agora cabe a nós ― fornecedores líderes de tecnologia, governos e setor público ― trabalharmos juntos e prepará-los para o sucesso, melhorando a qualidade e o acesso ao aprendizado digital”, reforça Assaf. “47% da Geração Z no País acham que educadores e empresas devem trabalhar juntos para preencher a lacuna de habilidades digitais e, com a velocidade com que a tecnologia continua a evoluir, isso exigirá colaboração constante.”
Em resposta às suas opiniões
sobre em quais áreas os governos devem priorizar os investimentos para ajudar a
acabar com a exclusão digital em diferentes locais, demografia e grupos
socioeconômicos, a Geração Z vê acesso a dispositivos e conectividade para
grupos desfavorecidos (50%) e conectividade em áreas rurais (24%) como as áreas
de foco mais importantes.
Fonte: Terra.

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