O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou do “Agro Brasileiro em uma nova era – Risco, Retorno & Sustentabilidade nas cadeias produtivas de commodities”, evento promovido pelo Rabobank no JW Marriot Hotel, em São Paulo (SP). Com a presença de diversas lideranças do agronegócio, o encontro promoveu debates sobre algumas das principais commodities produzidas no país, como café, açúcar e etanol, soja, milho e proteína animal.
No “Painel de Café”, o presidente
da entidade, Márcio Ferreira, apresentou como o contexto de sustentabilidade
está inserido nas novas tendências do mercado, expondo os trabalhos de promoção
internacional que o Cecafé realiza no sentido de divulgar o respeito aos
critérios ESG da cafeicultura nacional, como o incremento da produtividade em
meio à redução de área, o melhor desempenho no Índice de Desenvolvimento Humano
no cinturão cafeeiro em relação aos demais municípios sem a cultura, o maior
percentual de repasse do preço Free on Board ao produtor no país, evidenciando
que a atividade cafeeira é sinônimo de preservação ambiental com progresso
humano.
Ele também explanou a respeito dos principais desafios enfrentados pela cadeia produtiva em relação à sustentabilidade, elencando, nesse quesito, as anomalias climáticas, as questões relacionadas a infraestrutura e logística e as novas regulações dos principais mercados consumidores com a due diligence obrigatória.
“Por competência, o Brasil é
vanguarda nos investimentos em pesquisa e inovações tecnológicas, o que ajuda a
mitigar os impactos das adversidades do clima. Também temos buscado parcerias
internas e internacionais para otimizarmos os processos de exportação, desde o
transporte até os embarques, e o Cecafé tem trabalhado incansavelmente para
imputar na cabeça dos importadores toda sustentabilidade, qualidade,
diversidade e processos de rastreabilidade dos cafés do Brasil, pois entendemos
que os desafios das novas leis internacionais são, em verdade, oportunidades à
nossa cafeicultura, que é a mais sustentável do mundo”, revela Ferreira.
O presidente do Cecafé analisa,
ainda, que as novas regulações do mercado global são um caminho sem volta em
tempos de ESG e que o Brasil, conduzido pelo segmento exportador, vem sendo
proativo na demonstração de nossa responsabilidade e nosso respeito socioambiental
e econômico na cafeicultura.
“Diante de todos os esforços
internacionais de representação que temos realizado, a cafeicultura brasileira
foi escolhida como projeto piloto pela Comissão Europeia para o estabelecimento
da lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR, em inglês)”, informa. Dessa
maneira, completa, o Brasil, no que se refere ao café, tornou-se player atuante
e pode colaborar com os europeus no desenvolvimento dos critérios da EUDR antes
de sua implementação.
“Temos um arcabouço com 35
origens produtoras, sendo que 15 possuem Indicação Geográfica; volume
significativo de recursos público e privado ao setor; protocolos de
certificações com base nos projetos e programas de sustentabilidade; plataforma
de rastreabilidade e de créditos de carbono. Enfim, somos vanguarda e temos uma
estrutura completa no que tange à governança socioambiental, o que nos coloca
na liderança global da cafeicultura e permite que sejamos exemplos aos demais
produtores, como nesse caso mais específico da EUDR”, finaliza.
Fonte: Notícias Agrícolas.

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