NFT é sustentável? 5 problemas da tecnologia na natureza e no clima.

 

Os NFTs modificaram o cenário da arte digital, mas o que pouca gente sabe sobre eles é do impacto que esses dispositivos têm no meio ambiente. Como qualquer recurso eletrônico que demanda acesso constante à Internet e à energia, esses Tokens Não-Fungíveis também emitem carbono e gases de efeito estufa meio ambiente. A aceleração da acidificação dos oceanos e o recrudescimento do aquecimento global são alguns dos problemas que o consumo energético dessas tecnologias tem na natureza.


Minerar durante um ano criptomoedas (cifra utilizada na compra e venda de NFTs) como Ethereum e Bitcoin pode ter conumo energético anual superior ao de um país pequeno como Argentina, apontou um estudo da Universidade de Cambridge publicado em 2021. Para entender melhor como essa tecnologia impacta o meio ambiente, veja a seguir cinco problemas desses tokens não-fungíveis na natureza e no clima.

1. Libera muito carbono no meio ambiente

Qualquer dispositivo eletrônico que demande acesso constante à Internet e à luz libera carbono no meio ambiente. Isso porque a produção de energia global é ainda bastante dependente de fontes não-renováveis, como carvão e gás natural. Com NFTs, isso não é diferente. Para minerar as criptomoedas envolvidas nas transações desses tokens, é necessário manter computadores e máquinas potentes em constante funcionamento.

2. Envolve altos gastos de água

Mais do que apenas fontes não-renováveis, alguns países - como o Brasil, por exemplo - têm grande parte de sua matriz energética feita por hidrelétricas. Esse tipo de fonte transforma a energia existente na correnteza dos rios em energia cinética, que é aquela ocasionada pela força de um movimento. Essa movimentação das águas movem as turbinas das hidrelétricas - que, então, energizam um gerador para produzir luz.

3. Aumenta a rapidez da acidificação dos oceanos

O pH é uma escala de um a 14 utilizada para verificar se determinadas substâncias apresentam caráter ácido ou não. Numerações abaixo de sete são consideradas ácidas, enquanto as acima, básicas. O processo de acidificação dos oceanos ocorre justamente quando a água do mar começa a apresentar caráter ácido - isto é, o nível de pH começa a diminuir.

O problema é que essa acidificação não é provocada pela natureza. Ela teve início na revolução industrial, quando as indústrias passaram a emitir gases poluentes na atmosfera. Esse é o caso com o carbono emitido pelas redes de Internet conectadas a fontes não-renováveis de energia, por exemplo.

4. Tem consumo energético crescente

A mineração de criptomoedas, utilizadas nas transações de NFTs, é feita para exigir quantidades cada vez maiores de energia. Isso porque seu funcionamento aumenta sua complexidade em crescente, demandando cada vez mais potência das máquinas envolvidas.

Minerar significa registrar na Blockchain, tecnologia que funciona "um livro" de registros das transações financeiras de criptomoedas. Essas transações, por sua vez, são feitas em puzzles, que nada mais são do que problemas matemáticos. A resolução desse problema é efetuada de forma aleatória pelo computador. Assim, quanto mais potente for a sua máquina, mais facilmente ela resolve esses problemas - e mais mineração gera também.

5. Pode recrudescer o aquecimento global

O aquecimento global é um fenômeno ambiental caracterizado pelo aumento da temperatura média do planeta Terra. Em geral, ele acontece de forma natural, mas há algumas práticas humanas que recrudescem esse processo - como, por exemplo, a emissão de gases poluentes na atmosfera.

Com a emissão de carbono ocasionada pela mineração de criptomoedas, o gás sobe pela atmosfera e contribui para o efeito estufa - que, além de contribuir ao aquecimento global, também aumenta a acidificação dos oceanos. As emissões de CO2 lançadas no ar estimulam diretamente a intensificação do aquecimento global, aumentando mais rapidamente temperatura média do planeta.


Fonte: TechTudo.

 

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