Seis meses após sua inauguração, o Museu do Amanhã se tornou o primeiro museu do Brasil a conquistar o selo ouro na certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED – ou Liderança em Energia e Projeto Ambiental, em português), no segundo mais alto nível de classificação. São quatro: certificado, prata, ouro e platina.
Para conquistar o selo Ouro, o
projeto foi avaliado desde sua concepção, em sete categorias:
Uso racional da água;
Espaços sustentáveis;
Qualidade dos ambientes internos
da edificação;
Inovação e tecnologia;
Atendimento a necessidades
locais;
Redução, reutilização e
reciclagem de materiais e recursos;
Eficiência energética.
Uma das âncoras da revitalização da região portuária, o Museu do Amanhã é marcado pela arquitetura sustentável, que dialoga com o seu conteúdo. Assinado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o projeto é voltado para o melhor aproveitamento de recursos naturais da região.
Entre seus diferenciais,
destacam-se a tecnologia empregada na captação da energia solar e o uso das
águas da Baía de Guanabara no sistema de ar condicionado. A estimativa é que,
por ano, sejam economizados 9,6 milhões de litros de água e 2.400 megawatt/hora
(MWh) de energia elétrica, o que seria suficiente para abastecer quase 600
residências.
A água da baía é captada pelo
museu com duas finalidades: abastecer os espelhos d’água e alimentar o sistema
de refrigeração, onde é utilizada na troca de calor.
O uso racional da água também se
dá no tratamento e na reutilização das águas de pias, lavatórios, chuveiros e
chuvas, além do volume proveniente da desumidificação do ar (o “pinga-pinga” do
ar condicionado) – que, sozinho, pode render até quatro mil litros de água ao
dia.
A partir da preocupação do museu
com a redução e a correta destinação de resíduos para reciclagem, sobras das
estacas das fundações, por exemplo, foram utilizadas na construção dos
barracões utilizados durante a obra. Foram poupadas toneladas de aço com essa
ação. A seleção de materiais também foi realizada a partir de critérios
ambientais, dando preferência a materiais com componentes reciclados, baixa
toxidade, alta durabilidade e produzidos próximos ao local da obra, além da utilização
de madeira certificada FSC.
Fonte: eCycle.


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