A NASA anunciou que, em breve, começará a projetar novo conceito de motor a jato para a próxima geração de aviões comerciais ultra-eficientes. O desenvolvimento será realizado junto à indústria especializada.
A agência espacial estadunidense
visa tornar a indústria da aviação mais sustentável. Para isso, trabalha em
pequeno núcleo para motor a jato turbofan híbrido-elétrico capaz de reduzir o
consumo de combustível em 10% em comparação aos motores atuais, informa a NASA.
Um núcleo de motor a jato é onde
o ar comprimido se combina com combustível e é aceso para geração de energia.
Segundo a agência, tornando o núcleo menor, a eficiência do combustível
melhora, reduzindo também a emissão de carbono.
Para começar o projeto e sua
construção, os pesquisadores precisaram buscar materiais inovadores para
utilizar no motor. Três anos depois, eles encontraram as soluções necessárias.
“Estamos focados desde o primeiro
dia. Começamos o projeto com certas metas técnicas e métricas de sucesso e, até
agora, não tivemos que mudar o rumo de nenhuma delas”, disse Nerone.
Para que um núcleo seja
diminuído, mas mantendo o mesmo nível de empuxo, é preciso que o calor e a
pressão aumentem em comparação com os motores a jato padrão atuais. Portanto, o
novo núcleo precisa ser feito de materiais mais duráveis, capazes de suportar
temperaturas mais altas. O projeto também explorou a aerodinâmica avançada e
demais elementos técnicos importantes.
A Fase 2 tem como base a Fase 1
no que tange a criação do núcleo compacto de testes de solo. Ele vai buscar
comprovar a eficácia e capacidades do HyTEC.
As tecnologias testadas pelo
projeto devem trazer taxa de desvio, hibridização e compatibilidade bem mais
elevadas em relação a combustíveis de aviação sustentáveis atuais.
No que tange a taxa de desvio,
ela é responsável por apontar a relação entre a quantidade de ar fluindo pelo
núcleo do motor em comparação com a quantidade de ar desviada do núcleo para
fluir ao seu redor.
Com a diminuição do núcleo,
paralelamente ao aumento do tamanho turbofan que o alimenta, mantendo a
potência de empuxo, o HyTEC, em tese, usará menos combustível e reduzirá as
emissões de carbono.
Além disso, outro ponto crucial a
ser desenvolvido é a hibridização. Segundo a NASA, a capacidade
híbrida-elétrica do HyTEC significa que o núcleo também terá aumento por
energia elétrica, de modo a reduzir ainda mais o uso de combustível e emissões
de carbono.
Fonte: Olhar Digital
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