Projeto quer fabricar cimento com resíduos agrícolas e de argamassa.

Pesquisadores lançam iniciativa de tecnologia e inovação que prevê o desenvolvimento de um cimento especial para a indústria de petróleo e gás, produzido a partir do aproveitamento de resíduos de biomassa da indústria agrícola e dos resíduos da produção de argamassa, prevendo a redução de custos, de emissões de CO2 e de descarte de resíduos em aterros sanitários.

O chamado Projeto Pozobio tem duração prevista de dois anos, e é desenvolvido pela Repsol Sinopec Brasil (RSB), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


Os pesquisadores avaliam o uso de componentes naturais provenientes de passivos ambientais, como resíduos da queima de biomassa e da produção de argamassa. Os componentes, ricos em sílica e classificados como materiais pozolânicos, possuem propriedades favoráveis para a mistura, formando “um novo tipo de material com potencial aplicação em cimentação de poços sujeitos às elevadas temperaturas, com garantia de integridade”, a empresa.

A iniciativa tem como intuito gerar um “produto sustentável e altamente resistente” para uso em poços geotérmicos e de campos maduros. Além do aspecto ambiental, a iniciativa prevê a redução de até 50% no custo do material.

Na primeira fase, será realizado o mapeamento e qualificação de fornecedores e materiais, com pesquisas realizadas no laboratório da UFRN, em Natal, no Rio Grande do Norte. Segundo o pesquisador responsável na instituição, Rodrigo Santiago, o projeto tem potencial de se tornar referência tecnológica no segmento, colaborando para a geração de uma economia circular.

Nesta etapa, a empresa Brasil Química e Mineração Industrial (BQMIL), de Mossoró, atua como parceira. “Mossoró é uma das principais capitais de produção de petróleo onshore do Brasil. Nosso intuito final é utilizar fornecedores locais, trazendo nova solução possível de ser implementada em larga escala pela indústria, e que possa ainda contribuir para a criação de um novo mercado capaz de proporcionar maior desenvolvimento econômico e social”, completa o pesquisador.


Fonte: Globo Rural.

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