As viagens pelo mundo explodiram nos séculos 20 e 21. Em 1950, 25 milhões de pessoas viajaram internacionalmente. Em 2019, o número cresceu a 1500 milhões. Os turistas gravitavam para as costas da Tailândia ao Havaí. Somente seus voos de avião contribuíram para a maior parte da crescente pegada de carbono das viagens.
No final do século 20, o paraíso
precisava de ajuda. Surgiu, então, o turismo sustentável, conceito que
significa essencialmente adotar práticas para reduzir os efeitos sociais,
econômicos e ambientais negativos do turismo de massa.
Conforme relato em meu novo livro, The Last Resort: A Chronicle of Paradise, Profit, and Peril at the Beach, (O Último Resort: Crónica sobre o Paraíso, Lucro e Perigo na Praia – em português) a verdadeira sustentabilidade no turismo de praia é difícil de encontrar. Mas eu descobri lugares e práticas que estão respondendo eficazmente à crise climática.
Os viajantes podem ajudar
escolhendo, apoiando e estando cientes do impacto do turismo nas costas, bem
como reduzindo suas próprias pegadas de carbono. Confira estas três dicas de
viagens sustentáveis que você deve considerar antes de sua próxima escapada
para o paraíso.
Durma longe da praia
Os hotéis arranha-céus e outras
estruturas de concreto construídas na praia bloqueiam o fluxo de areia,
inevitavelmente causando erosão. Uma vez que a areia acaba, os proprietários
dos resorts enfrentam escolhas difíceis: construir um dique para proteger a
terra, reabastecer continuamente a praia ou abandonar o prédio.
Os resorts devem estar afastados
da praia, idealmente compostos por vários edifícios menores em vez de um único
e imóvel, usando materiais e técnicas que facilitem futuras relocações e
reparos após tempestades.
Evite voos de longa distância
Para férias na praia que envolvam
longas viagens aéreas, o voo pode representar três quartos de sua pegada de
carbono total. Isso significa que não importa quão sustentável seja um resort,
o impacto de sua estada lá pode ser considerado não ecológico. Em lugar disso,
pense em ir para uma praia mais próxima (talvez uma que você possa chegar de
trem ou outro transporte público) em vez das Maldivas.
Procure resorts que empoderem os
habitantes locais
É difícil entender a cultura e a
paisagem de uma costa se você é um estranho. Por isso, mesmo quando as empresas
estrangeiras de resorts têm boas intenções, muitas vezes cometem equívocos e
não administram bem a situação no local e, portanto, têm dificuldades para
obter a adesão da população do lugar.
Por exemplo, se um programa novo
de proteção da costa interfere no trabalho dos pescadores locais sem
compreender suas necessidades e ajudá-los na adaptação, é improvável que seja
bem-sucedido. Os moradores entendem as nuances de tais situações e devem ser capacitados
para contribuir com suas soluções.
Além disso, a agência e
propriedade local na indústria do turismo garantem que mais rendas do turismo
permaneçam na economia local, em vez de serem canalizadas para empresas
estrangeiras.
Fonte: National Geographic Brasil.
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