Startups se tornam aliadas no desafio de preservar o meio ambiente.

Com um cenário alarmante de mudanças climáticas no Brasil - e no mundo -, cada vez mais torna-se necessário o surgimento de iniciativas que estimulem a sustentabilidade e protejam o meio ambiente. No mundo dos negócios, as startups surgem como grandes aliadas neste objetivo. Somente no Colearning, a incubadora de startups da Satc, das 20 empresas em desenvolvimento, três são ligadas ao meio ambiente.    

Uma dessas startups é a Renove. A empresa tem como objetivo gerar negócios para a indústria têxtil-vestuário que deseja comercializar as sobras de tecidos com outros confeccionistas. “Somos uma plataforma digital onde as industrias podem cadastrar aqueles tecidos que eventualmente iriam para o lixo e vender para outros empreendedores, que queiram comprar o material em pequena quantidade”, explica e CEO da startup, Roseli Jenoveva. 


Além de gerar lucros para as indústrias e atender a demanda de confeccionistas, a Renove, ainda, beneficia o meio ambiente. Segundo Roseli, a indústria têxtil é uma das maiores poluidoras do mundo e é comum que essas sobras de tecidos sejam descartadas de maneira incorreta. 

“Com a Renove, esses materiais não vão para o lixo ou ficam parados gerando custo de armazenamento de estoque. Malhas de ginástica, por exemplo, poderão virar biquínis para outras empresas; retalhos serão utilizados para o enchimento de almofadas e estufados... A ideia é atender a todos os tipos de demanda”, completa a CEO.

Não é apenas para amenizar os impactos causados pela poluição que projetos inovadores ganham espaço. Uma dessas startups foi desenvolvida por quatro jovens de Criciúma que decidiram criar bicicletas de madeira. Segundo o engenheiro mecânico e CEO da startup, Willian Goulart, a ideia da Andricrose Wooden é unir sustentabilidade e exclusividade. 

“A Andicrose é fundamentada por três pilares: sustentabilidade, design e experiência. Para isso, utilizamos como matéria-prima o jatobá, que oferece alta qualidade e resistência para a bike perdurar por gerações”, detalha. A startup utiliza madeiras de origem reconhecida pelo Forest Stewardship Coucil (FSC), selo de manejo florestal verde mais rigoroso do mundo.

A bicicleta com quadro de madeira pesa oito vezes menos que a bicicleta de aço. Mas além de oferecer um produto com resistência mecânica mais leve e alta performance, a startup também busca promover consciência ambiental. 

“Queremos promover uma conversa com a sociedade. Vimos a todo instante bicicletas de alumínio, aço e fibra de carbono e nós trouxemos para o mercado uma em madeira. Será que não conseguimos aplicar este conceito para repensar os materiais de outros produtos do nosso dia a dia? Criar produtos com materiais renováveis e de origem reconhecida?”, finaliza.


Fonte: Engeplus.

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