Os consumidores atuais buscam maneiras de fazer compras ambientalmente responsáveis, dando preferência às marcas que promovem ações sustentáveis. O que muitos não sabem, é que há grandes chances de todos já terem sido vítimas de greenwashing pelo menos uma vez.
Quando traduzido, o termo
greenwashing pode ser entendido como “lavagem verde” e está associado a uma
estratégia de publicidade obscura utilizada por empresas que promovem seus
produtos como mais sustentáveis do que eles realmente são, omitindo os impactos
negativos de suas ações.
Para isso, elas utilizam jargões relacionados à sustentabilidade como forma de convencer seus clientes de que seus produtos ou serviços são mais naturais, mais saudáveis e mais livres de toxinas do que seus concorrentes. Por exemplo, você vai ao mercado comprar um cosmético e a embalagem diz que ele é “100% sustentável” sem maiores explicações ou provas que justifiquem esse argumento.
Um dos principais problemas que ainda dá espaço para a prática de greenwashing é a falta de regulamentação.
No Brasil, por exemplo, ainda não
foram regulamentados os títulos de green bond, que estão associados ao
financiamento de projetos sustentáveis e que movimentaram US$517 bilhões
mundialmente só em 2021.
Para o consumidor comum, é
recomendado uma leitura mais atenta do rótulo dos produtos, além da busca por
mais informações sobre as empresas que os desenvolvem. Especialmente, se o
produto tiver afirmações vagas e exageradas na embalagem ou material de
divulgação.
Uma pesquisa recente do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) indicou que os setores de cosméticos,
higiene e utilidades domésticas são os que mais realizam greenwashing, por isso,
tenha atenção redobrada nesses casos.
Também vale destacar que o código
de defesa do consumidor possui previsões aplicáveis ao greenwashing, prevendo
punições legais às empresas que praticam esse tipo de propaganda enganosa, que
também pode ser classificada como abusiva. Caso comprovado, é possível
solicitar o ressarcimento do valor do produto ou uma indenização por danos
materiais.
Portanto, é importante que todos
os consumidores façam a sua parte, cobrando as empresas e governos, chamando
atenção para práticas de greenwashing e apenas consumindo as marcas que de fato
adotam práticas que contribuem com o meio ambiente.
Fonte: Época e CNN Brasil.

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