Colher árvores que podem chegar a alturas de 30 a 40 metros, como ocorre com o eucalipto e o pinus, as duas principais madeiras plantadas no Brasil para a produção de celulose e papel, é um desafio da agroindústria. E se as árvores estiverem em áreas de terreno acidentado, como existem no Sul do país, o desafio é ainda maior que as árvores das regiões planas de cultivo, como em Mato Grosso do Sul, um dos principais polos do Centro-Oeste.
Nos últimos anos, a Klabin, uma
das maiores empresas brasileiras de base florestal, tem empenhado sua equipe de
pesquisadores em busca de inovações para colher árvores. O processo, que parece
simples, pode se tornar um gargalo na operação. A empresa acaba de colocar nas
suas florestas plantadas uma máquina do tipo 3 em 1 para a colheita da madeira,
uma cena pouco comum na lida do cultivo de árvores.
O novo equipamento realiza todas as etapas da operação, que geralmente necessita da utilização de até três máquinas diferentes para a extração e processamento da planta no método full tree — modalidade em que se derruba a árvore com galhos e copa intactos, processando individualmente cada parte em um produto diferente destinado à indústria.
“O desenvolvimento da máquina é
uma iniciativa voltada à excelência operacional na colheita florestal que proporciona
melhorias ambientais e sociais”, diz José Totti, engenheiro florestal que
está há 17 anos na empresa e que responde pela diretoria Florestal. No ano
passado, a Klabin apurou uma receita líquida de R$ 16,4 bilhões, 38% acima do
ano anterior em 2021. Na Forbes, ela faz parte do ranking Agro100.
Fonte: Forbes.

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