Ondas de calor e frio vêm dando as caras por todo o globo, infelizmente, na forma de tempestades e catástrofes. No dia a dia, sentimos que está cada vez mais quente ou cada vez mais frio. E por mais tempo.
Esse cenário faz pensar nos
prejuízos sentidos pela natureza, na escassez de recursos e até no estresse da
população, provocado pelas temperaturas extremas. Pouco, talvez, se pense em como
as mudanças climáticas se relacionam com condições de saúde de forma mais
direta. E, sim, elas podem se revelar na forma de problemas no coração, rins e
outros órgãos vitais.
Um relatório deste ano da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou que, mesmo o planeta recuando o ritmo e adotando uma mitigação moderada das emissões de poluentes, cerca de 40 milhões de pessoas podem morrer antes do final do século por causa das alterações de temperatura.
Um estudo da Bureau Nacional de Pesquisa Econômica, uma organização sem fins lucrativos norte-americana, examinou os impactos da mudança de temperatura no risco de mortalidade global. Além de comprovar os estragos, mostrou que eles estão distribuídos pelo mundo de maneira desigual — detalharemos isso mais à frente.
De acordo com a especialista, o
estudo tem suas peculiaridades metodológicas, mas serve, além da análise
aquecimento global-saúde, para abrir os olhos para o despreparo do sistema de
saúde. "Temos 7% da população com algum nível de doença renal crônica e,
na população a partir dos 64, esse nível chega a 46%. São milhares de pessoas
fazendo hemodiálise, e a verba dos tratamentos de saúde voltadas para esses
casos não dá conta."
Fonte: Correio Braziliense.

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