Pesquisadores da Universidade Técnica de Berlim, na Alemanha, e da Universidade de Brunel, na Inglaterra, testaram substituir agregados — como areia — por vidro no concreto para impressão 3D e descobriram que o material pode ser uma ótima alternativa para resolver o problema da falta de sustentabilidade. A solução pode ajudar a amenizar os problemas ambientais causados pela exploração mineral, além de contribuir para o desenvolvimento de um concreto com propriedades superiores ao que contém areia natural.
Considerando que o vidro é
produzido a partir de areia e fácil de reciclar, ele pode ser usado para
fabricar concreto com um processamento menos complexo. A aplicação do concreto
3D promete aumentar o número de possibilidades no campo da arquitetura e da construção,
enquanto contribui para a sustentabilidade exigida na indústria, reduz os
custos e economiza tempo.
O uso do vidro reciclado no lugar
da areia garante que o material seja reaproveitado de forma mais eficiente, já
que ainda existem gargalos no processo de reciclagem.
Para produzir o concreto 3D, os pesquisadores utilizaram vidros de bebidas com cal sodada obtidos em uma empresa de reciclagem. A equipe triturou as garrafas de vidro com a ajuda de uma máquina e, então, as peças trituradas com menos de um milímetro quadrado foram lavadas, secadas, moídas e peneiradas. O material triturado foi então usado no lugar da areia para fabricar o concreto para imprimir blocos e outros elementos de construção em 3D.
A partir da tecnologia de
impressão 3D, é possível desenvolver qualquer estrutura — como uma parede — em
um computador, converter em código simples e enviar o arquivo para uma
impressora 3D, que consegue operar 24 horas por dia. Com o avanço da técnica de
impressão 3D será possível aumentar a segurança dos trabalhadores, além de
diminuir a quantidade de resíduos desperdiçados, visto que será tudo calculado
corretamente.
A tecnologia também terá um papel
importante no desenvolvimento de construções leves e eficientes, além de ajudar
a sociedade a caminhar em direção a um futuro cada vez mais neutro em carbono.
Fonte: Canaltech.

0 Comentários