Sustentabilidade e inovação: como será o ano de 2022?

Seguimos para o final do ano de 2021 com alguns desafios globais renovados e, naturalmente, nos impondo reflexões críticas sobre inovação e sustentabilidade, no contexto do que se está denominando mundialmente de recuperação verde.

E, enquanto presenciamos o surgimento de mais uma variante no novo Coronavírus, que em um contexto de relações internacionais denuncia alguns equívocos dos países mais desenvolvidos na condução da política de vacinação global, a COP-26 indicou novamente para a dimensão da crise climática e para o compromisso mundial de substituição de nossas fontes de energia.



Temos então um contexto de incerteza quanto à saúde no mundo e, em face da mudança climática, um quadro de aceleração ainda maior da produção e distribuição de fontes energéticas renováveis.

Um exemplo importante de inovação e busca de construção de alternativas sustentáveis de recuperação econômica vem dos Estados Unidos. A aprovação do pacote de recuperação econômica americano, que deve investir US$ 1,2 trilhão no processo de reconstrução da infraestrutura do país, indica claramente para soluções verdes para a resolução de várias questões importantes para o país.

Na área de despoluição de mananciais aquíferos, melhoria das condições de abastecimento e redução de perdas d’água, além de coleta e tratamento de esgoto, serão investidos US$ 55 bilhões. E o programa prevê ainda investimentos de US$ 65 bilhões na captura de carbono e reforço da produção de energia elétrica no país, a partir de fontes renováveis, como a solar, eólica e o hidrogênio verde.

E quanto ao Brasil?

Vêm do nosso setor privado os principais esforços no sentido de colocar a pauta da sustentabilidade na fronteira das discussões cotidianas. Grandes, médias e pequenas empresas já perceberam a oportunidade de colaborar ativamente para minimizar a crise climática e o conceito de ESG (meio ambiente, social e governança) tem se colocado de modo cada vez mais pronunciado no setor.

Esta percepção, ainda que de modo ainda tímido, vem sendo disseminada no setor público brasileiro, que passa a entender que a preservação do meio ambiente, a redução das desigualdades e a adoção de práticas de governança éticas e participativas são chave para a resolução de muitos dos nossos problemas atuais.

Em Foz do Iguaçu, a partir de metodologia de sandbox, está sendo implantado o primeiro bairro inteligente do país, com iniciativas de inovação nas áreas de segurança pública, mobilidade urbana, meio ambiente e integração com a comunidade.

A metodologia sandbox é uma plataforma de testes que permite que ferramentas tecnológicas e sustentáveis possam ser aplicadas em determinado território, em formato que permite a avaliação de impacto das soluções utilizadas. Permitindo assim, que a expansão das ferramentas e soluções seja realizada de modo mais seguro e viável.

Em resumo, ainda envoltos na crise de saúde mundial que se inaugurou em face do novo Coronavírus, buscamos nos adaptar às ameaças da mudança climática e das desigualdades sociais, buscando enfrentar esses enormes desafios a partir de inovações tecnológicas, de governança e, principalmente, de percepção sobre os caminhos de nosso bem-estar no planeta.

Que essas pautas tomem um lugar especial em 2022, momento relevante e único para construirmos soluções para os problemas brasileiros.


Fonte: Exame Invest.

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