A Bridgestone quer se tornar “uma companhia de soluções sustentáveis” nos próximos 30 anos. Com uma receita global na casa dos US$ 27 bilhões, segundo estimativas de mercado, a empresa quer mostrar que pode ocupar um papel central na era da mobilidade mais sustentável. Dentro da companhia, isso significa reduzir as emissões totais de carbono pela metade até 2030 e neutralizá-las completamente a partir de 2050, tendo como comparação os níveis de 2011. Para mostrar o papel da América Latina nesse progresso, a companhia divulgou, pela primeira vez, o Relatório de Sustentabilidade dedicado à região.
“Nos tornarmos uma empresa de
soluções sustentáveis está muito alinhado com a economia circular. Trabalhamos
na implementação de um plano que contempla diversas iniciativas, como diminuir
as emissões de carbono, aumentar a reciclagem dos pneus que finalizaram sua
vida útil e apoiar a comunidade mediante programas de responsabilidade social
em temas como segurança viária, saúde e educação e voluntariado. Tudo isso
enquanto atendemos as necessidades do nosso consumidor e demais públicos”, diz
Janaína Coutinho Braga, Gerente de Meio Ambiente e Segurança da Bridgestone na
América Latina.
Entre os principais resultados mostrados pela companhia na operação combinada de México, Costa Rica, Colômbia, Argentina, Brasil e Chile, está a redução das emissões de CO2 em 29,9% no ano e reciclagem de 97,7% dos resíduos. Contribuem para isso ações como o negócio de recapagem de pneus da marca Bandag e a pandemia, que reduziu turnos e provocou incertezas na indústria automotiva em termos de produção.
Ainda assim, analisando mais a
fundo o resultado da Bridgestone em reciclagem, é possível notar no relatório
que o Brasil é o país que mais gera resíduos -- e o segundo em reciclagem -- na
região. Ao todo, são 10,1 mil toneladas de resíduos gerados anualmente na
operação brasileira, com reciclagem de 98,8%. À frente, está a Costa Rica, que
produz 3,3 mil toneladas e recicla 99,2%. Em terceiro lugar, está o México, com
5,2 mil toneladas geradas e reciclagem de 97%, e por fim, está a Argentina, com
2,8 mil toneladas e 93,4%.
Entre as ações para mitigar os
efeitos ao meio ambiente no Brasil, a companhia substituiu, na fábrica de Santo
André, os tambores de plástico e metal por grandes recipientes para mercadorias
a granel (Intermediate Bulk Containers, ou IBC, em inglês). Um IBC tem a
capacidade de transportar o que seis tambores fariam, aproximadamente, e com
isso, a companhia reduziu 12 toneladas de recipientes de plástico no transporte
de materiais. Por lá, a companhia também implantou um sistema que permite o
ajuste automático das caldeiras à demanda, economizando 193.280 metros cúbicos
do consumo de gás natural.
Além disso, a borracha vulcanizada
que vem das fábricas de Campinas e Mafra é usada como matéria-prima para solas
de sapato e asfalto. E, em Camaçari, foi implantado um biodigestor, que recebe
15 toneladas de resíduos orgânicos por mês.
Fonte: Exame.

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