O planeta está pedindo socorro. Atualmente, a humanidade usa 74% a mais de recursos naturais do que os ecossistemas conseguem se regenerar, segundo levantamento da Earth Overshoot Day, organizado e calculado pela Global Footprint Network, uma organização internacional de pesquisas referências para ajudar a economia humana a operar dentro dos limites ecológicos da Terra. Ou seja, se nada for feito, pode não haver matéria-prima para suprir as necessidades das próximas gerações.
Mas essa realidade pode mudar seguindo o comportamento de novas gerações como os eco-boomers (ou Geração Y Sustentável), aqueles nascidos entre 1985 e 1999, cujos valores sociais e ambientais compartilham de informações relacionadas à sustentabilidade. Está ainda mais intrínseco nas gerações Z (2000 – Atual) que, além de acreditar que a mudança de clima mundial é causada por atividades humanas, também é mais engajada em relação ao consumo. Segundo a ONG americana DoSomething, estas gerações preferem comprar produtos de marcas ambientalmente mais atuantes, ainda que sejam mais caros.
A pesquisa também aponta que no caso dessas novas gerações, quase metade (47%) comprou produtos usados, enquanto mais da metade (55%) vendeu itens de segunda mão. Ou seja, eles também priorizam a liberdade e a experiência, assim como desafiam noções de posse dos consumidores, especialmente aqueles de gerações anteriores. Um comportamento que tem refletido em uma mudança profunda no modo de consumo, pode ser observado no crescimento de aplicativos e empresas com conceito de economia compartilhada e colaborativa.
O estilo de vida mais sustentável já pode ser observado no uso de aplicativos para caronas e transportes até trabalhos com o compartilhamento de espaços. Estes são exemplos de nichos de mercado que estão cada vez mais presentes no mundo e que trazem vantagens de custos, assim como redução de impactos ambientais. Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta, por exemplo, que o público adepto aos serviços de compartilhamento, destaca como oportunidade associada a economia compartilhada, o benefício de evitar desperdícios (44%) e diminuir o consumo excessivo (43%). Outro fator interessante do estudo, é o crescimento de 68% para 81% no número de pessoas dispostas a adotar mais práticas de consumo colaborativo cotidianamente nos próximos dois anos.
Para atender a demanda crescente
de pessoas com perfil de consumo consciente, o futuro empreendimento Amazon Fun
Parks por exemplo, em Santa Catarina, apresentará uma arquitetura sustentável e
de baixo impacto. Os proprietários de empreendimentos como estes poderão
usufruir de serviços como: faxina, motorista, entre outras facilidades. Por
meio de uma arquitetura com conceito ligado à sustentabilidade, o Amazon Fun
Parks terá teto verde que contribui na absorção de poluentes, redução do
consumo de energia, além da diminuição de ruídos e da temperatura do telhado.
Também terá um moderno sistema de coleta de água da chuva e design de paredes
que formam um labirinto térmico para a contenção de temperatura. Outra
novidade, aliada ao design das paredes e da tecnologia empregada, é o uso de
água subterrânea para resfriamento em dias de calor intenso com capacidade de
diminuir a temperatura em até 10°C. O projeto é assinado pela empresa
NotToScale, com sede em Lugano, no Sul da Suíça, em colaboração com arquitetos
brasileiros.
Aliado ao conceito de
sustentabilidade, o objetivo do Amazon Fun Parks também é de desenvolver ações
de conscientização ambiental alinhadas aos 11 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da ONU por meio do Instituto Amazonizar. Espaço público para
difusão de pesquisas científicas, exposições de arte permanente e itinerantes,
além do apoio a organizações comprometidas com a educação ambiental e
conservação ambiental em Santa Catarina e na Amazônia são algumas das ações
previstas.
“Partindo da Amazônia, cuja conservação impacta em diversos setores da sociedade e da economia global, o instituto pretende contribuir para o desenvolvimento da uma consciência ambiental e de consumo que atende a urgência que o planeta tem em rever seus modelos econômicos e de desenvolvimento. Conhecer e sentir essa experiência, é uma forma de sensibilizar para a conservação”, explica Anna Claudia Agazzi, professora universitária convidada para a criação do instituto e curadoria das exposições sobre a Amazônia, com 20 anos de experiência relacionada à arte e cultura.
Fonte: Época Negócios.
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