Com a seca atingindo níveis históricos no Distrito Federal a cada ano, a região do PAD-DF tem se destacado por adotar técnicas de manejo e gestão que resultam em uma maior disponibilidade hídrica. A área é a mais irrigada da capital graças ao sistema de pivô central, utilizado na agricultura para irrigar grandes áreas de forma mais eficiente. A técnica maximiza a produção agrícola e promove a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico.
A região do PAD-DF é monitorada
pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) há quase uma
década, quando Brasília passou a registrar maiores índices de seca. O órgão,
então, desenvolveu um trabalho de conscientização dos produtores rurais da área
sobre a irrigação eficiente, o uso racional da água, as tecnologias empregadas
para garantir a estabilidade hídrica e as práticas de conservação de nascentes.
A iniciativa foi ampliada nos últimos cinco anos.
“Os grandes produtores, principalmente os irrigantes, tiveram que se adaptar à crise hídrica, e desde então vem sendo feito esse planejamento para que a água não falte, para que todos possam irrigar seus plantios”, explica Fausto Veiga Alvarenga, extensionista rural da Emater-DF.
Atualmente, a irrigação ocorre de
forma escalada, por meio de um rodízio entre os mais de 5 mil hectares de
terrenos que usam a técnica de manejo. O PAD-DF é abastecido pelas bacias
hidrográficas do Rio Preto e do Rio Jardim.
Exemplo
O uso do sistema de pivô central
serve de exemplo para várias áreas rurais. Uma das propriedades que utilizam a
técnica é a da família da administradora e produtora rural Anna Carolina
Kruger, 30. Com uma área de mais de 600 hectares, o sistema de irrigação foi
adotado para o espaço em 2018. Desde lá, a família viu melhoras significativas
na produção de trigo, soja e feijão, e investiu recentemente num segundo
sistema ainda mais moderno e tecnológico.
“O principal diferencial é que
esse manejo da água traz segurança. Com esse sistema, conseguimos aumentar a
nossa produção e a rentabilidade da área, além de possibilitar que a gente faça
mais de uma safra de maneira bastante segura”, detalha Anna. “Chegamos a sofrer
com problemas de falta de água, mas hoje, com essa técnica de manejo,
conseguimos ter mais controle, sendo essencial para enfrentar os desafios da
mudança climática e das crises hídricas.”
A metodologia de trabalho
desenvolvida pela Emater na região inclui a monitorização regular da
disponibilidade de água na área. Além disso, são dadas orientações aos
produtores rurais sobre como utilizar o recurso de forma eficiente.
“Essa técnica tem dado tão certo
que, neste ano, apesar da seca histórica, não foi registrada falta de água na
região. Não há produção se não tiver água. A água é um insumo essencial para a
agricultura”, diz Fausto.
Fonte: Agência Brasília.

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