Nove das 12 províncias da Lombardia, importante região industrial do norte da Itália, enfrentam restrições à circulação de automóveis devido a altos índices de poluição do ar.
A medida foi tomada após a
concentração de partículas poluentes PM10, cuja inalação em excesso pode
provocar doenças respiratórias e cardíacas, ter superado o limite por quatro
dias consecutivos.
Essas partículas são liberadas
diretamente na atmosfera por fontes como escapamentos de veículos e fábricas.
Para conter a poluição, automóveis a gasolina da categoria Euro 1 (escala de
emissão de poluentes que vai até 6) e a diesel até euro 4 não poderão circular
nos municípios com mais de 30 mil habitantes entre 7h30 e 19h30.
A medida vale para todos os dias da semana e engloba as províncias de Milão, Monza, Como, Bergamo, Brescia, Mântua, Cremona, Lodi e Pavia. As autoridades também proibiram fogueiras e restringiram o uso de aquecedores a lenha, enquanto os sistemas de aquecimento não podem superar os 19ºC.
Um levantamento feito pela empresa
suíça IqAir colocou Milão, capital da Lombardia, como terceira cidade mais
poluída do mundo nos últimos dias, mas o prefeito de centro-esquerda Giuseppe
Sala disse que o ranking é feito com base em "medições extemporâneas
conduzidas por um órgão privado".
"Nós estamos trabalhando
para melhorar o ar, vamos falar de coisas sérias, e isso não é algo
sério", rebateu.
Na última segunda (19), Milão
registrava uma concentração de 135 microgramas de PM10 por metro cúbico, sendo
que o limite indicado pela União Europeia é de 50.
O norte da Itália vive um inverno
fora da curva, com temperaturas 10ºC acima da média e uma onda de poluição
sobre a Planície Padana, zona às margens do Rio Pó que concentra o principal
eixo industrial do país.
No entanto, segundo o portal Il
Meteo, a situação deve melhorar a partir de quinta-feira (22), com a volta da
chuva e da neve e o retorno dos termômetros para temperaturas invernais.
De acordo com a Sociedade
Italiana de Medicina Ambiental (Sima), o país é líder na UE em mortes prematuras
por poluição atmosférica, com cerca de 80 mil óbitos por ano.
Fonte: Época Negócios.
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