Eventos climáticos extremos estão entre as maneiras mais nítidas pelas quais milhões de pessoas em todo o mundo já estão sendo impactadas pela crise do clima – e, entre as populações mais vulneráveis, muitas contribuíram pouco para o total histórico das emissões globais, causa maior do problema. De ondas de calor e inundações à elevação do nível do mar e derretimento glacial, a cada ano aprendemos mais sobre a influência humana em nosso clima. E testemunhamos mais seus impactos.
A justiça climática busca mostrar
o quanto a crise do clima impacta grupos e pessoas de maneira mais ou menos
grave. O termo tem significados e interpretações abrangentes, mas, em sua
essência está o reconhecimento de que aqueles que são mais impactados pelas
mudanças climáticas tendem a não ser os maiores responsáveis por causá-las. A
crise atual, afinal, não é apenas um problema ambiental: ela interage com
sistemas sociais, destacando privilégios e injustiças, e afeta pessoas de
diferentes classes, raças, gêneros, localidades e gerações de forma desigual.
O conceito de justiça climática visa também a abordar injustiças sistêmicas de longa data, e colocar na agenda dos líderes a proteção às populações mais afetadas pelas mudanças do clima. É sobre esse tema, tão atual e urgente, que se debruça a mais nova publicação do Um Só Planeta: o anuário de 2022, já disponível para leitura.
"O clima não é um problema
de nossas crianças. É uma questão de todas as gerações. Por isso, não deve ser
relegado a uma data incerta, armadilha esta que embaça nosso instinto de
urgência. O deadline não é amanhã: é hoje", descreve Sandra Boccia,
diretora editorial da Editora Globo. "O único caminho possível é mudar a
nossa atenção para o presente", completa ela.
A publicação ressalta, ainda, com
o olhar marcado pelo jornalismo construtivo e a apresentação de soluções,
personagens históricos do socioambientalismo e jovens lideranças que se
encontram na luta pela justiça climática, além de mostrar o perfil de 14
ativistas no Brasil e no mundo que unem os direitos humanos com a causa do
clima. Outro grande foco está nos povos indígenas e comunidades tradicionais,
cujos esforços em prol do ambiente e a cultura são celebrados.
O anuário 2022 está disponível na
plataforma Globo Mais, uma maneira rápida e fácil para leitores acessarem o
conteúdo dos principais jornais e revistas do Brasil nas plataformas digitais,
pelo computador, celular ou tablet.
Fonte: Época.

0 Comentários