Que tal seria vestir uma roupa resistente, durável e capaz de fazer fotossíntese? Parece estranho, mas essas são as principais características de um tecido feito à base de algas por cientistas da Universidade de Rochester, nos EUA. Os materiais vivos, produzidos por células biológicas, também podem ser usados em outras finalidades além da moda, como na medicina e na produção de energia.
“A impressão tridimensional demonstrou ser uma tecnologia eficaz para a fabricação desses materiais que trazem muitos benefícios ambientais e podem ser aproveitados no mundo real, não apenas nos laboratórios”, diz a professora Anne S. Meyer.
O material fotossintético foi criado a partir de celulose bacteriana não viva resultante do excremento das bactérias. Esse tipo de celulose tem propriedades mecânicas como flexibilidade, tenacidade, resistência e capacidade de conservar a própria forma, mesmo depois de ser torcida ou esmagada.
A celulose bacteriana foi usada
como papel para a impressora 3D, e microalgas vivas foram usadas pelos
cientistas na fabricação da tinta. Juntos, esses dois componentes formaram um
único material com as qualidades fotossintéticas das algas e a robustez da
celulose bacteriana, que além de fácil de produzir é biodegradável.
“A natureza vegetal do material significa que ele pode usar a fotossíntese para se 'alimentar' por períodos de muitas semanas e também pode ser regenerado, já que uma pequena amostra dele pode ser cultivada para fazer novos materiais”, explica a professora.
Os materiais feitos à base de algas são perfeitos para a produção de biovestimentas, com tecidos de alta qualidade, feitos de forma sustentável e totalmente biodegradáveis. Ao fazer parte do look diário das pessoas, eles ainda poderiam purificar o ar, capturando dióxido de carbono durante a fotossíntese. Como não precisariam ser lavados com tanta frequência quanto as roupas comuns, ajudariam também a reduzir o consumo de água.
Fonte: Canaltech.


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