À frente das operações da Ghetz, empresa especializada em
knit, técnica de tecelagem 3D que virou tendência no mercado de calçados,
Cássio Buono viu a oportunidade de lançar uma nova peça. Trata-se da AIRmask
máscara protetora contra o coronavírus.
“É a mesma técnica do tênis,” disse Buono. “(A máscara) é um
tênis, com outra regulagem para respirar.
Uma vantagem do knit é que o produto sai da máquina sem
deixar resíduos ou materiais de sobra. Isso ajuda a diminuir o desperdício e
praticamente zera a quantidade de lixo produzida na fabricação. Isso se tornou
uma preocupação quando a falta de máscaras rapidamente se tornou um excesso.
Buono
cita como as máscaras descartáveis rapidamente podem se tornar uma séria
questão ambiental. As da Ghetz, por outro lado, são reutilizáveis e podem ser
lavadas como uma peça de roupa normal.
Outro diferencial é que as máscaras podem ser feitas em uma
grande variedade de cores, com peças tendo duas cores, uma em cada face.
Segundo Buono, o elemento fashion também pode tornar a máscara mais atraente
para o consumidor.
A AIRmask vem com quatro camadas de proteção, mas o formato
côncavo ajuda na respiração. Isso torna o produto fácil de usar para exercícios
físicos. Por isso, clubes de futebol ao redor do país, como Internacional, Grêmio
e Cruzeiro, já fecharam acordos com a Ghetz. Buono afirma que clubes italianos
também já demonstraram interesse no produto.
Por enquanto, o executivo prevê que as máscaras devem
continuar em voga pelo menos até a metade de 2021, mesmo se uma vacina seja
criada até lá. “Se o brasileiro vai ter consciência de usar máscara depois,
como o asiático, aí eu já não sei,” disse.
Fonte: Época Negócios.

