O banco do Brics, que anunciou
nesta semana financiamento de US$ 1 bilhão ao governo brasileiro para auxílio a
programas sociais de combate à covid-19, avalia atualmente uma carteira de
investimentos no País que soma US$ 820 milhões, ou seja, mais de R$ 4 bilhões.
São projetos de infraestrutura e
logística que têm de se encaixar no que o NDB (sigla em inglês para Novo Banco
de Desenvolvimento) elegeu como foco prioritário, especialmente no
pós-pandemia: sustentabilidade.
O que há alguns anos vinha
ganhando importância nos investimentos foi alçado pela crise sanitária mundial
à categoria preferencial entre os critérios para aporte de recursos. O Brasil
terá de correr para não ficar muito atrás no páreo. No próprio portfólio do
banco, por exemplo, estamos em último lugar na destinação de recursos em
relação aos demais países do bloco (China, Rússia, Índia e África do Sul).
Há uma certeza no banco da
relação estreita entre a pandemia e o clima. E o que se espera é uma mudança de
paradigmas em relação ao investimento em infraestrutura. Não apenas em relação
à redução de emissão de gases, mas também projetos que tornem os países mais
preparados para enfrentar choques climáticos, econômicos ou mesmo de saúde
pública, como o atual.
“Saneamento e mobilidade urbana
podem tornar as cidades mais sustentáveis”, diz a executiva do banco. “Vamos
ter eleição em breve, embora ninguém saiba direito quando. O que estamos
planejando para o ano que vem é fazer uma grande troca de informações para
saber como o banco pode ajudar nessa parte de mobilidade urbana, junto com
outros multilaterais.”
Fonte: Infomoney.