A temperatura de 38 °C foi
registrada em uma cidade da Sibéria, sinalizando um novo recorde na região do
círculo ártico. Uma estação meteorológica em Verkhoyansk, registrou a
temperatura no sábado.
Se de fato constatado, o valor
ultrapassará um recorde estabelecido há mais de um século em Fort Yukon, no
Alasca, onde uma temperatura de 37,7 °C foi documentada em 1915. O recorde
anterior para a estação meteorológica russa era de 37,3 °C, estabelecido em
julho de 1988.
O provável novo recorde vem em
meio ao horror cada vez maior causado pelo impacto da crise climática na região
ártica, que foi atingida por uma onda de calor incomum no início do ano e teve
"incêndios zumbis" durante o inverno, com chamas que eram apagadas e
reacendiam.
Em maio, as temperaturas do
Ártico atingiram altas recordes para a primavera, com algumas partes da Sibéria
registrando números acima de 20 °C. Foi o suficiente para cientistas alertarem
que a estação anual de derretimento já tinha começado.
"O que está acontecendo na
Sibéria este ano é nada menos que notável", disse Jeff Berardelli,
meteorologista da CBS News. Ele disse que o novo recorde em Verkhoyansk era
"o tipo de clima que esperávamos para 2100 e chegou 80 anos antes".
Para dar uma noção de comparação, ele disse que a cidade de Miami só atingiu
temperatura semelhante uma única vez - mesmo no verão brasileiro, 38 °C não é
uma marca tão fácil de se atingir.
Acredita-se que as temperaturas
que aquecem rapidamente no Ártico e a resultante falta de neve e gelo sobre a
terra e o mar, sejam parte de um círculo vicioso no qual a terra e os oceanos
descobertos absorvem mais calor do que quando estão sob sua capa de inverno
altamente refletora.
Fonte: eCycle.

