Você sabe o que é "lixo eletrônico"? O termo
remete ao descarte de eletroeletrônicos e suas partes, ou seja: descarte de
itens como celulares, impressoras, computadores e também pilhas e baterias.
Este tipo de resíduo, também conhecido como Resíduos de Equipamentos Elétricos
e Eletrônicos (REEE), necessita de um tratatamento especial na hora do
descarte, e por isso ser separado de resíduos orgânicos e recicláveis comuns
(como vidro, papelão, plástico etc). De acordo a edição de 2017 do estudo
"Global E-Waste Monitor", produzido pela Universidade das Nações
Unidas, o Brasil é o segundo maior produtor de lixo eletrônico do continente
americano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
E o descarte incorreto
destes materiais pode gerar impactos ao meio ambiente e à saúde humana, já que
muitas vezes estes produtos contém substâncias químicas como chumbo, mercúrio e
berílio, que podem levar à contaminação do solo, da água e também prejudicar a
saúde de quem entrar em contato com o material sem a necessária proteção. Por
isso, o descarte irregular de lixo eletrônico é, inclusive, classificado como
crime ambiental, e gera multas. Veja, a seguir, como e onde descartar
corretamente seu lixo eletrônico:
Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), cooperativas e empresas
Em primeiro lugar, é necessário separar o lixo eletrônico de
resíduos orgânicos e do lixo reciclável. O lixo eletrônico precisa ser levado a
locais de descarte específicos. Mas, diante da pandemia do novo coronavírus, a
orientação é a de que todos que puderem permaneçam em casa. Por isso, o ideal é
armazenar o lixo eletrônico em algum local de casa, e esperar até que seja
seguro sair novamente para descartá-lo nos postos adequados. Como não contém
resíduos orgânicos, o lixo eletrônico não irá atrair animais vetores de
doenças, como moscas e ratos. Por isso, guarde-o e nada de descartá-lo junto
com o lixo comum!
Quando a situação estiver normalizada, você terá algumas
opções de locais de descarte: em primeiro lugar, a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, de 2010, prevê que fabricantes e importadores de
eletroeletrônicos devem se responsabilizar pelo descarte correto deste tipo de
material. Desta forma, vale a pena primeiro conferir com a empresa fabricante
do seu eletrônico qual é o procedimento adotado para o descarte. A Apple, por
exemplo, possui um canal próprio para descarte de toda a sua linha de produtos.
Samsung, LG, Motorola e Huawei também possuem informações a respeito de
descarte e postos de coletas em seus sites.
Caso esta opção não seja viável, existem uma série de
cooperativas especializadas no descarte do lixo eletrônico. Em São Paulo por
exemplo, a Coopermit, vinculada à prefeitura municipal, possui postos de coleta
por toda a cidade. No site da cooperativa, é possível achar o ponto mais perto
da sua residência. Já no Rio de Janeiro, por exemplo, a e-lixo RJ é uma
cooperativa especializada que disponibiliza pontos de entrega e também oferece
o serviço de coleta para empresas.
Além disso, prefeituras disponibilizam o serviço de descarte
do lixo eletrônico em algumas unidades de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).
Fonte: Casa Vogue.

