Madeira de demolição é uma forma
nobre de expressão na realização de um projeto arquitetônico, desde o mais
simples até o mais sofisticado, pois seu objetivo de trabalhar o contraste
entre o antigo e o moderno é realçado, resultando em belíssimos trabalhos, com
elegância e responsabilidade ecológica.
Grande parte dos trabalhos
executados com madeira de demolição parte da genialidade de grandes mestres da
arquitetura, engenharia ou decoração, projetando design contemporâneo com
traços antigos a acabamentos finos nos mais diversos materiais envelhecidos ou
restaurados. Com a mão de obra especializada de marceneiros e artesãos amantes
da profissão pode-se com a madeira de demolição transformar os mais
desafiadores projetos em obras primas da construção civil.
O Brasil é um país reconhecido
pela qualidade de seu trabalho em peças e design de ambientes utilizando
madeira de demolição, exportando sua mão de obra e seus produtos para variados
mercados do mundo, como Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina, pois
como em muitos outros setores, nosso país é melhor visto e apreciado por
mercados de fora, do que pelo seu próprio povo com uma gigantesca capacidade de
absorver a produção nacional. Podemos destacar o grande esforço de
profissionais conscientes, tanto no quesito estética, modernidade, quanto na responsabilidade
social, que vem travando bravas lutas contra o desmatamento, bem como o uso
indiscriminado da madeira, como sendo uma forma indireta de destruição da
natureza.
Diante de toda essa transformação
de valores ligados a produtos ecologicamente corretos, podemos acompanhar o
crescimento absurdo da demanda por produtos deste tipo, sendo a madeira de
demolição um dos itens com forte destaque, por aliar um estilo nobre,
ecologicamente correto, e que após o trabalho de mãos talentosas espalhadas pelo
Brasil, vem a se transformar em variadas obras de arte.
Os benefícios da madeira de
demolição
Os benefícios do uso da madeira
de demolição são diversos. O primeiro e mais importante benefício está ligado
ao apelo social que estamos vivendo no momento, com relação a preservação do
planeta e ao uso de produtos sustentáveis. Fazemos nossa parte economizando
novos recursos, contribuindo assim para que futuras gerações não sofram com
limitações de recursos, principalmente os naturais.
Outro ponto positivo que podemos
destacar quanto a madeira de demolição é a possibilidade do desenvolvimento e
execução de projetos com uso de madeira de lei, matéria prima nobre que hoje
não podemos mais encontrar no mercado pela extinção de várias espécies, entre
elas a Peroba-rosa, e o grande diferencial do produto está em sua superfície ,
que após anos de exposição ao tempo, adquiriu uma textura incomparável, com
marcas lineares em seus veios, e bastante alteração na intensidade, causadas
por diferenças em grau, forma e cuidado na exposição, fazendo com que cada peça
da matéria prima seja uma verdadeira obra de arte.
De onde vem a madeira de
demolição
Peroba Rosa de Demolição
A madeira de demolição mais
comercializada atualmente é a peroba rosa de demolição, uma matéria-prima proveniente
da região sul do país, onde se fazia uso em massa desta madeira na construção
civil, tanto na estruturação quanto nos revestimentos, inclusive no fechamento
de paredes internas e externas das arquiteturas.
No meio do Século XX,
aproximadamente na década de 1940, com a alta da agricultura do café, a zona
rural da região sul tinha a maioria de suas famílias fazendo o cultivo do café
em pequenas propriedades e com isso foram construídas casas em grande
quantidade nas fazendas e nas pequenas propriedades, além dos casarões dos
senhores fazendeiros, geralmente grandes construções, mais robustas e
imponentes, todas utilizando-se da peroba rosa. Para o armazenamento do café
existia também grandes galpões, chamados de tulhas, onde o café era colocado em
processo de secagem.
Outra fonte da madeira de
demolição, está nas cidades onde as casas em sua maioria eram construídas de
madeira, que com o passar do tempo, vão sendo substituídas por casas de
alvenaria.
Dormentes de Madeira
Os dormentes de madeira são,
geralmente, retirados de linhas ferroviárias e, ao serem substituídos, são
reaproveitados no mercado de decoração.
Antes de serem originalmente
utilizados sob os trilhos dos trens, os dormentes passam por tratamento químico
e um “cozimento” que é feito em elevada temperatura e pressão para que em seu
uso ele possa durar mais tempo e por consequência alongue mais seu ciclo até a
troca.
As medidas dos dormentes de
madeira são padronizadas e tem 17x24cm com 2,80m comprimento, todos em madeira
de lei, como jatobá, ipê, jacarandá, peroba, angelim pedra, carvalho,
castanheira, entre outras espécies e são comercializados de acordo com o número
de faces. Podemos considerar as faces como sendo o número de lados preservados,
variando de zero a seis faces.
Cruzetas de Madeira
As cruzetas de madeira são perfis
usados em postes de energia elétrica de todo o Brasil, sua função é dar
sustentação aos fios de energia, por onde eles transpassam e são apoiados a
cada poste. As cruzetas assim como os dormentes são confeccionadas com madeira
de lei, peroba, ipê, jacarandá, carvalho, angelim, entre outras para que seu
tempo de uso seja o maior possível. As medidas das cruzetas são geralmente
9x9cm e 9x11cm com comprimentos variando entre 1,70 a 2,40m, dependendo da
região onde são utilizadas e companhias responsáveis.
Após o seu ciclo de uso nos
postes de energia as cruzetas são utilizadas como produto sustentável, pois
entra em um novo ciclo de uso no mercado da decoração. Por ser um produto com
características bem particulares, quantos a cores diversificadas, texturas
irregulares e com ranhuras, as cruzetas possuem alto valor agregado e decoram
de forma espetacular.
Fonte: Madeiras de Demolição
Fonte: Madeiras de Demolição




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