O Distrito Federal tem crescido em relação as políticas públicas inclusivas, participativas e sustentáveis. O cenário na capital federal atraiu, inclusive, ações internacionais de financiamento para promover o planejamento urbano sustentável, como é o caso do CITinova.
O evento ocorreu, pela primeira
vez, na cidade e foi organizado em parceria entre o Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI), a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal
(Sema) e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
O CITinova é um projeto de
cooperação internacional, coordenado pelo MCTI, que já destinou ao DF, por meio
da Sema, investimentos da ordem de R$ 35 milhões do Fundo Global do Meio
Ambiente (GEF, na sigla em inglês).
“Pretendemos fazer de Brasília um exemplo de cidade sustentável com efeito replicável em muitas cidades do país e da região. Durante a visita de campo, ficamos felizes em ver a forte liderança do DF neste projeto e o uso inovador da tecnologia digital no apoio ao planejamento urbano inclusivo e atento às questões climáticas”, defendeu o líder do programa Cidades Sustentáveis do GEF, Aloke Barnwal.
Por meio do financiamento, o
Governo do Distrito Federal (GDF) teve acesso a dados, metodologias e
ferramentas para investir em tecnologias inovadoras, promover o planejamento
urbano sustentável e integrado e desenvolver plataformas de conhecimento, com
indicadores e bases de dados de soluções inovadoras.
“Desde 2018 o projeto CITinova
permitiu uma ação mais contundente e objetiva por parte da Sema para atuar na
busca de soluções e na implementação de inovações para vencer os entraves do
planejamento e em busca de ações que possam ser escaladas de forma a ampliar a
eficiência das políticas públicas no governo”, afirmou o titular da Sema,
Gutemberg Gomes.
Com o financiamento
internacional, o GDF pôde avançar em ações contra as mudanças climáticas e em
iniciativas para proteção da biodiversidade por meio de 12 estudos e planos
desenvolvidos que subsidiaram os gestores da criação de políticas públicas
sustentáveis urbanas.
“Com esse recurso, fizemos um
estudo muito grande e completo a respeito do antigo lixão, que hoje é a Unidade
de Recebimento de Entulho de Estrutural [URE]. Demos a contrapartida do que foi
estudado e vamos tratar aquele passivo ambiental, que é o chorume. A ideia é
que a gente encaminhe esse chorume para a estação de tratamento no aterro
sanitário para tratar e devolver ao meio ambiente”, explicou o
diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira.
O GEF é o mais antigo e um dos
mais importantes fundos de financiamento do setor ambiental do mundo. A
iniciativa de cooperação internacional reúne atualmente 183 países e trabalha
com instituições de todo o mundo, organizações da sociedade civil e setor
privado. Foi estabelecido em 1991 como um programa piloto de US$ 1 bilhão do
Banco Mundial para apoiar a proteção do meio ambiente global e promover o
desenvolvimento sustentável. Desde o início, o fundo já destinou mais de US$ 13
bilhões para cerca de 4 mil projetos em mais de 150 países, incluindo o Brasil.
“É estratégico para o GEF apoiar
o Brasil por meio do programa Cidades Sustentáveis, por ser um país altamente
urbanizado com maior biodiversidade do mundo. Brasília está mostrando forte
liderança em clima e natureza e, portanto, selecionamos a cidade para
potencializar esse trabalho”, pontuou Aloke Barnwal.
A secretária de Políticas e
Programas Estratégicos do MCTI , Márcia Barbosa, lembrou que um dos objetivos
do projeto é conversar com a comunidade para propor políticas públicas
adequadas. “A parceria é ir às cidades e conversar com os gestores e a
comunidade e, a partir daí, desenhar estratégias que estão em consonância com o
que a população quer. É um desenho coletivo num processo interativo. Criam-se
produtos de políticas e ações concretas”, defendeu.
Fonte: Jornal de Brasília.

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