O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) autorizou duas empresas a vender produtos de frango cultivado a partir de células em laboratório, informou o The Washington Post. A carne é feita alimentando uma mistura de nutrientes com células animais em tanques de aço inoxidável.
As duas empresas com sede na Califórnia
- Upside Foods e Good Meat, uma subsidiária da Eat Just - esperam que o produto
possa ser uma alternativa à carne produzida por meio do abate de animais, que
tem uma grande pegada de carbono - o que seria um fator de apelo sustentável. A
Joinn Biologics, parceira de fabricação da Good Meat, também recebeu aprovação.
O processo de fabricação de carne criada em laboratório, também chamada de carne "cultivada", começa com a amostragem de células dos tecidos de um animal vivo. O USDA informa que a coleta das células normalmente não prejudica ou mata permanentemente o animal. De acordo com a Associated Press, as células são rastreadas e armazenadas em um banco de células para depois serem coletadas do banco e movidas para grandes recipientes fechados - geralmente tanques de aço.
Nesses tanques, que atuam como
biorreatores, as células conseguem se multiplicar rapidamente. A declaração do
USDA esclarece que os fabricantes fornecem os nutrientes das células,
superfícies para as células crescerem e fatores de crescimento de proteínas que
indicam as células para se diferenciarem em músculos, gordura e tecidos
conjuntivos, como os encontrados em uma galinha normal. Uma vez diferenciadas e
prontas para colheita, as células são coletadas dos tanques e preparadas usando
métodos convencionais de processamento e embalagem de alimentos.
Por enquanto, o frango criado em
laboratório não será encontrado em supermercados comuns e terá um preço alto. O
lançamento inicial será em restaurantes sofisticados. A Upside Foods, por
exemplo, está em parceria com Dominique Crenn, proprietário do restaurante
Atelier Crenn, com três estrelas Michelin, que servirá a carne cultivada no Bar
Crenn, em San Francisco.
A direção da Upside Foods
declarou que pretende "bater os preços convencionais" da carne
tradicional e prevê que os produtos da Upside estarão "em paridade"
com os convencionais produtos à base de carne dentro de cinco a 15 anos.
Além do fato de que as carnes
cultivadas são "livres de abate", os simpatizantes dos produtos
defendem seus potenciais benefícios ambientais, em comparação com a carne
produzida convencionalmente.
Fonte: Casa & Jardim.

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