Com o início das negociações sobre um tratado global para os plásticos nesta semana, um debate está surgindo entre países que querem limitar a produção de mais produtos plásticos e a indústria petroquímica, que favorece a reciclagem como solução para os resíduos. Antes de uma reunião que começa nesta segunda-feira em Paris, muitos países disseram que um dos objetivos do tratado será a "circularidade" -- ou manter os itens de plástico já produzidos em circulação pelo maior tempo possível.
Entrando nas negociações em
Paris, uma coalizão de 55 nações pediu um tratado forte, incluindo restrições a
certos produtos químicos perigosos, e proibições de produtos plásticos
problemáticos que são difíceis de reciclar e prejudiciais ao meio ambiente.
"Temos a responsabilidade de proteger a saúde humana em nosso meio ambiente contra os polímeros e produtos químicos mais nocivos por meio do tratado", disse a ministra do Meio Ambiente de Ruanda, Jeanne d'Arc Mujawamariya, que é copresidente da High Ambition Coalition to End Plastic Pollution.
O presidente francês, Emmanuel
Macron, disse que "não há tempo a perder" sobre o assunto. "O
objetivo deve ser produzir um texto com o qual todos concordem até o final de
2024, um ano antes da Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos em
Nice", disse ele em uma mensagem de vídeo divulgada na segunda-feira.
O Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (Pnuma), que está sediando as negociações, divulgou um plano
para reduzir o desperdício de plástico em 80% até 2040. O relatório, divulgado
no início deste mês, delineou três áreas principais de ação: reutilização,
reciclagem e reorientação de embalagens plásticas a materiais alternativos.
Fonte: Época Negócios.
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