Os níveis do mar dos próximos anos podem ser descobertos pelo que está embaixo do gelo da Antártida, segundo um estudo feito por pesquisadores do Centro de Excelência em Ciência Antártica da Universidade da Tasmânia.
Publicado no periódico Nature, o estudo utilizou a comparação de diferentes mapas do fluxo de calor geotérmico (GHF) ocorridos sob o gelo antártico para entender como as camadas geladas responderão ao aquecimento da atmosfera e dos oceanos.
Para os pesquisadores, principal objetivo de utilizar os diferentes mapas está atrelado à identificação de pistas sobre o cenário das placas de gelo e à história tectônica da Antártida.
Isso porque, por mais que o GHF
seja uma propriedade física que se forma pelo calor e se move para fora da
Terra, ela ainda pode mostrar processos tectônicos passados e presentes. Algo
que, na Antártida, é um mistério por conta da camada de gelo que ocultam os
movimentos das placas.
E essas informações só são extraídas por meio das variações do fluxo de calor que ocorrem na escala fina de gelo, as quais fornecem dados robustos para a modelagem de previsões aprimoradas. "Extrair esse tipo de informação dos mapas é um passo crucial para ajudar os modeladores de placas de gelo a prever a futura perda de gelo da Antártida e o aumento do nível do mar", comenta em nota a coautora Jacqueline Halpin, investigadora-chefe do ACEAS do Instituto de Estudos Marinhos e Antárticos (IMAS).
Em escalas globais, os pesquisadores creem que o nível do mar possa subir cerca de seis metros, caso as temperaturas atmosféricas médias do planeta subiam entre 2 e 3 graus Celsius , em comparação aos tempos pré-industriais.
Fonte: Galileu.

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