A Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, desenvolveu uma tecnologia que tem tornado a produção de carvão vegetal mais sustentável e melhora o rendimento do item e condições de trabalho no setor.
A fabricação deste produto no Brasil atende principalmente à indústria siderúrgica. Porém, em sua maioria, os trabalhadores usam um tipo de forno rústico, que polui o meio ambiente e prejudica a saúde.
No
passado, o setor de carvão vegetal era associado a péssimas condições de
trabalho e ao desmatamento ilegal. Porém, hoje quase todo o material destinado
à produção vem de uma fonte renovável: os plantios de eucalipto.
O uso de biomassa de florestas plantadas segue as diretrizes do Projeto Siderurgia Sustentável, implementado pelo "Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento". Já para os produtores, cada estado tem uma legislação específica.
Um desafio dessa atividade é a forma de se carbonizar a madeira. No forno tradicional, o carvoeiro controla o processo observando a cor e o cheiro da fumaça e tocando no forno para verificar a temperatura. Este modelo prejudica o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores.
Para
fugir dessa metodologia, os pesquisadores da UFV desenvolveram uma tecnologia
chamada forno fornalha. Depois, o próprio processo de fotossíntese das árvores
ajuda na absorção do gás carbônico, um dos responsáveis pelo efeito estufa. A
UFV estuda formas de captar a energia e direcionar para outros usos, como a
secagem de grãos e a geração de eletricidade.
Além
do ganho para o meio ambiente, os estudos comprovaram um rendimento de até 25%
a mais com o uso da tecnologia. Para a construção do mecanismo, os técnicos da
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) vão até as
propriedades orientar os produtores.
Para aplicar a tecnologia, o trabalhador deve se atentar ao tipo de forno e também à qualidade do eucalipto. As variedades mais indicadas da árvore são a Eucalyptus Urophylla e a Eucalyptus Urograndis.
Fonte: Globo Rural.

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