Marca foi criada para reduzir impacto ambiental de absorventes descartáveis.

Uma ideia de negócio nasceu quando a carioca, Luisa Cardoso, 35 anos, insatisfeita com a quantidade de lixo gerada pelos absorventes higiênicos e com a falta de alternativas, decidiu viajar pelo mundo com o marido, Pedro Henrique Alves, 37 anos, em busca de soluções. “Quando a gente se expõe a outras realidades, outras culturas e outras formas de viver, parece que isso ajuda a cair na real, a ver de fora o lugar onde você vive. Ajuda a quebrar os tabus com os quais você foi criado”, afirma.

Da empreitada, veio a Korui, empresa que, desde 2015, vende absorventes reutilizáveis feitos de tecido, com o objetivo de trazer uma alternativa mais sustentável para os produtos descartáveis.


A dupla iniciou o negócio em Florianópolis, Santa Catarina, depois de voltar ao Brasil da viagem de pesquisa. No início, Cardoso confeccionava as peças de forma artesanal e as vendia por conta própria para manter o empreendimento. Em algum tempo, a marca cresceu e o casal optou por terceirizar o processo.

Hoje, a Korui trabalha com absorventes, calcinhas e coletores menstruais. As vendas são feitas por meio do site, via e-commerce, a partir da parceria com algumas revendedoras, e na loja física, em São Paulo. O faturamento de 2020 apresentou um crescimento de 372% em relação a 2018.

O termo pobreza menstrual ganhou visibilidade recentemente, quando o presidente Jair Bolsonaro vetou a distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade. O conceito, que diz respeito à falta de acesso ao item de higiene básica, é também uma das grandes preocupações da marca. O projeto “Dona do meu Fluxo” foi criado, em parceria com a Raízes Desenvolvimento Sustentável para ajudar a combater o problema.

Além de vender produtos com a ONG, a marca também doa coletores menstruais para comunidades carentes e promove discussões e workshops sobre menstruação, empoderamento feminino, sexualidade e autoconhecimento. “A gente é comprometido com o impacto e não só com a conversa”, comenta Cardoso. Até hoje, 5 mil coletores foram entregues em 25 comunidades.


Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Postar um comentário

0 Comentários