Startup Brasiliense de uso sustentável de energia recebe investimento.

Uma ideia inovadora rendeu aos estudantes da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Felipe Guerra, Gabriel Duarte, João Pedro Braga e ao cientista da computação Thales Vinkler um investimento de meio milhão de reais e a possibilidade de trabalhar em solução sustentável que contribui para a proteção do planeta. Juntos, eles fundaram a Atmosphere, startup voltada para o uso consciente de energia elétrica. A Atmos surgiu como empresa júnior da instituição de ensino, em 2018. Contudo, a vontade de empreender no setor energético teve início anos antes, em Cruzeiro do Sul, no Acre.


Eu morava no Norte do Brasil quando uma conta de luz da minha casa chegou a R$ 1 mil. Decidi analisá-la e, a partir disso, conseguimos adequar o funcionamento dos equipamentos elétricos de casa. Assim, alguns meses depois, já estávamos com a conta de luz pela metade. Geralmente, as pessoas não sabem quanto um chuveiro gasta de energia, por exemplo. É como se você fosse ao supermercado e não olhasse o preço dos produtos, é assim que a conta de energia é cobrada hoje”, diz um dos fundadores da startup, Luiz Felipe, 26 anos.

Em 2020, a Atmos foi selecionada para participar de um processo de aceleração entre março e junho. Ao fim do projeto, os jovens empreendedores montaram um pitch (apresentação com objetivo de despertar o interesse da outra parte pelo negócio) e apresentaram a investidores. “Orçamos quanto precisaríamos para fazer o projeto crescer com mais rapidez. Eu falei que precisávamos de R$ 500 mil para alcançar 100 casas até o fim de 2021. Ao longo do segundo semestre de 2020, negociamos com um grupo de investidores da capital que entende as dores do meu setor, a prática chamada de smart money, e eles acreditaram na nossa startup”, conta o empresário.


A Atmosphere monitora o consumo de eletricidade por meio de um sistema com medidores inteligentes e processamento em nuvem, que fornece informações sobre o consumo de luz do local onde está instalado. De acordo com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), é possível reduzir, em média, de 15% a 20% o valor da conta de energia ao supervisionar o gasto de cada aparelho eletrônico de uma residência ou empresa.

“Se a energia não é medida detalhadamente, ela não é gerenciada. Logo, é mais fácil o empregador demitir pessoas do que saber o que fazer para reduzir a conta de luz. Por isso, começamos a ver a possibilidade de transformar essa tecnologia em uma ferramenta importante para as pessoas usarem a energia de forma consciente, tanto em relação aos custos quanto à sustentabilidade”, afirma Luiz Felipe.


Fonte: Correio Braziliense.

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