Algodão colorido promete tornar a indústria têxtil mais sustentável.


Cientistas australianos começaram a testar mutações genéticas para que o algodão nasça colorido. Até agora, as cores já obtidas foram roxo, amarelo, vermelho, laranja e preto – cor que exige mais químicos para ser produzida em processos comuns. O estudo pode apontar para uma maneira de diminuir a poluição produzida pela indústria têxtil na etapa de tingimento das roupas.


Para atingir novas colorações, genes de plantas naturalmente coloridas foram misturados ao código genético do algodão. Até o momento, o cultivo é feito em pequena quantidade, ainda em placas de Petri – recipiente que profissionais de laboratório utilizam para a cultura de microrganismos.

O projeto ainda está em fase inicial, mas a expectativa é de que as plantas possam florescer e produzir algodão em maior escala ainda nos próximos meses. Então, seria possível colher e confeccionar roupas coloridas sem a adição de corantes artificiais.



Os produtores brasileiros também buscam alternativas para melhorar os impactos ambientais da grande indústria têxtil do país. No estado da Paraíba, o trabalho do Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) permitiu que a produção de um algodão colorido nacional voltasse a crescer.
Diferentemente do produzido na Austrália, o algodão paraibano é orgânico, isto é, não sofreu com a influência de nenhuma ação química induzida para atingir sua coloração – ainda melhor para o meio ambiente. A espécie, encontrada em diversos países do mundo desde antes de Cristo, só sai perdendo para a versão geneticamente modificada quando o assunto é variedade de cores. Isso porque, naturalmente, a planta atinge apenas diferentes tons de marrom.


Fonte: Capital News.